quinta-feira, setembro 16, 2010

Tico só sai da Barra a trabalho

Enquanto busca lançar um romance policial (“Pólvora, chumbo e sexo”) e trabalha com o grupo Detonautas para o lançamento de um álbum de inéditas no ano que vem, o cantor Tico Santa Cruz aproveita o isolamento e a tranquilidade da Barra. O artista mora no bairro desde o início da década, quando conseguiu atingir o sucesso profissional e também financeiro. Mas já o conhecia profundamente desde a década de 90: passou ali boa parte de sua adolescência. Para Tico, a Barra ainda é um dos lugares mais seguros da cidade. Nesta entrevista, o vocalista compara o bairro de 20 anos atrás com o de hoje e fala sobre trânsito, saneamento e velhos mitos.

O GLOBO Barra: O que significa morar na Barra?
Tico Santa Cruz: Moro na Barra e quase nunca saio daqui. Só vou para a Zona Sul quando preciso fazer algo relacionado a trabalho. Prefiro o bairro a outros por sua tranquilidade. O isolamento chama a atenção. É como se fosse uma ilha no meio do Rio de Janeiro. Quando tive opção para escolher o lugar onde morar, vim logo para cá. Já tinha vivido um tempo na Barra, acredito que entre 92 e 96, e tinha boas recordações.

O Globo: O bairro era mais tranquilo naquela época?
Tico: Muito mais. A diferença é total. A Barra não tinha a quantidade de carros e de pessoas que tem atualmente. Hoje, o bairro é o centro do Rio. Se ainda não é, vai ser. Claro que isso acarreta em perdas.

O Globo: Que perdas?
Tico: Acho que o pior é o trânsito. É muito complicado e desagradável. Não tem aquela fluência de antigamente. O fato de ainda haver muitos pontos onde não dá para se chegar a pé, característica do bairro, atrapalha.

O Globo: Você se sente seguro na Barra?
Tico: Sim. Os condomínios ajudam a passar essa sensação. Estamos um pouco isolados da violência da cidade. A Barra só tem uma comunidade, que é o Terreirão, e é tranquila.

Fonte: Bairros.com do O Globo

Ps: Leia a matéria na íntegra na edição de hoje do GLOBO-Barra ou no Globo Digital (exclusivo para assinantes).